MOÇA, MENINA
    Moça, já sei que sou?   Menina, será que ainda sou?   Mulher sei que não.   Não sei quem sou, pergunto ao tempo,   Bem no cair da noite, as estrelas não   Me respondem. Moça menina, Mas,   com o coração atento.   II   Ora sonho coisas de menina, ora penso em   Coisas de amor, suspiro escondido por alguém   Ele hoje não me olhou, passou não me viu,   A lagrima que estava guardada para outro momento   Ela caiu, tentei prendê-la, mas não deu   Quem sabe pensei, na volta ele me olha.   Será que ele vem? ou não vem, pensei comigo.   III   Esperei até a imensidão da noite chegar,....   Tapo os ouvidos e o coração, não devo ir,   devo voltar. Mas não dá, o que puxa a terra   Para o sol me puxa pra os braços dele.   Sou planta sem raiz, sou raiz sem semente   Sou menina, sou moça, ainda muito inocente.   Sou presa fácil ao seus corpo indolente.   Escrita em: out/1976