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Mostrando postagens de março 20, 2011

MEU JARDIM

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Vi rosas no jardim, a passarem por mim Vi flores, vi jasmins, crisântemos, Vi um narciso há olhar pra mim... Seu sorriso de marfim, me enfeitiçou assim. Vi um narciso a olhar pra mim, sé pra mim. I Vi rosas, vi flores no jardim, Crisântemos a passarem por mim. Vi um narciso a ficar por mim. Vi botões e vi espinhos a me perseguirem, Vi um narciso a me querer assim II Vi cravos apressados a passarem por mim. Vi chegar um narciso pretensioso, amoroso, jeitoso, Eu inocente, inconsciente, incoerente, displicente. Deixei o narciso a chegar assim... Vi rosas, vi espinhos a passarem por mim. III Vi um narciso a ficar por mim, pra mim Vi o sol ardente me queimar a alma, vi roubar a minha calma. Nos seus lábios me deixei embriagar, navegar, balançar. Vi sorri pra mim e me vi refletida em suas pétalas, IV Bebi sedenta o mel da sua boca, uma sede louca. Como uma torrente de água doce, a me afagar Fria e fervente. Ardia, me consumia Só eu não via, sentia, não queria acred

DESENCANTO

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O tempo passa, os pássaros voam, As crianças crescem, Os matos ficam verdes Os campos florescem. campos coloridos. flores silvestres, o vento sopra os morros, fazendo ondular a relva, Movendo os ramos rasteiros. pássaros cantam contemplando o partir do sol A tarde cair silenciosa, a lua espera pra bilhar, namorados ao entardecer, passeiam pela rua, Vem chegando a noite cadê a tarde se foi, o céu é rasgado Pela escuridão da noite, os pássaros se calam, o vento sopra mais forte as arvores balançam já não dançam. namorados desolados se apartam ao som de um adeus. A noite se vai, chega triste a madrugada, fria, insolita, nua. Ventania, que vai, a lua desmaia e some. E tudo que era encanto, virou teoria, na madrugada fria, todo sonho não passa de utopia. Encanto ficou no canto sem acalanto, virou desencanto... escrita em 20/08/1976 as 20:35hs aqui começa a minha tragetoria poetica.

CHEGOU ASSIM

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sob o silencio da lua, você chegou assim, me pegou assim, me beijou assim. Você é assim tão lindo, tão forte, tão meu. Perdida na sua teia, envolvida como julieta com romeu tonteada pela beleza do narciso, assim sou eu, assim é você, não vejo mais ninguém, não penso mais em nada, presa ao teu olhar, assim sou, viro a cabeça quando te vejo passar. Meus olhos não sabem mais olhar, sempre estão a ti buscar, o teu olhar fulmina o meu, me hipnotizou, me arrebatou do comum, me roubou a lua, e a luz só vejo pelo olhos teus. Minha alma quer gritar, se soltar, não posso, não quero. Te quero, te espero. Escrita em: agosto/76 Nanda gois