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MUDANÇA

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Quando ainda menina,  Jurei mudar e fazer da minha vida Uma estrada longa e de muitas flores, Mas não sei por que não mudei, Ainda ando por caminhos estreitos e de espinhos. Ainda deixo me atirarem pedras e rirem na minha cara. Mas, hoje sou mulher e sinto a maturidade bater a minha porta E me cobrar uma mudança, ouço os meus antepassados  Gritarem em meus ouvidos... MUDA! Vejo meus descendentes afirmarem que nunca vou mudar. Mas aquela menina rebelde ainda quer falar mais alto que eu. E hoje faço uma avaliação de tudo que tenho e tudo que sonhei, E as minhas mãos estão vazias. Tudo que ainda me resta é a minha caneta velha onde escrevo, Poesias e a minha vontade de lutar.  Vou MUDAR, antes que seja tarde E a única mudança que eu possa fazer seja  para um lugar onde não se pode mais MUDAR. Vou rasgar o passado em dois, Partir e jogar no lixo que de mal que vivi. Lavar e guardar na gaveta todo o bem que me fizeram. E rabiscar planos novos
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RESUMO DO LIVRO Brasiliana A menina em Riace Ao terminar de ler eu conclui que a culpa foi das circunstâncias da vida de Gabriely, uma garota inocente que foi privada de um cotidiano social tendo de viver num local onde os costumes são antigos, desde o modo de vestir como os costumes arcaicos. A história se passa no sul da Itália no final da década de 1980, na cidade de Riace. Na narrativa, logo no prólogo a autora joga as cartas de como é a situação da vida da jovem Gabriely, que mora com seu irmão e seu pai Victorio, vivendo em condições difíceis, onde fora abandonada pela mãe, e agora por motivos desconhecidos por ela é obrigada a deixar de estudar sendo forçada a trabalhar como um meio de ajudar em casa. E ao mesmo tempo em que a história vai se desenvolvendo é mostrado ao leitor peças do jogo de quebra-cabeça que é o passado de Gabriely, para ser mais claro, como ela acabou nessas condições. Teria sido sequestrada? Crime envolvendo escravas sexuais? O que será? Es

Mia Gioconda

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Não deu valor perdeu - Vale apena assistir até o final!

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SOU NORDESTINA

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Sou nordestina, Desde  de muito menina, Corro pelos vales, Pego touro e me embrenho Na pura caatinga. Sou Cearense, Como Iracema já me banhei De Pacoti ao Banabuiú. Por isso não pense Que quero aqui fazer Da minha face Mote para dizer Que sou filha de Maracanaú, Sou nascida, Sou criada às vezes Até mal criada. Conheço do horto Até o Jaçanaú. Sou filha da terra seca, Já ferrei gado no mato, Por isso é que declaro Sou filha dessa terra Aqui codificado. Já partir em busca De canto em outros cantos, Já tomei outros rumos, Mas quem enterra o umbigo Na porta da vacaria, Pode até conhecer Outra moradia. Mas não deixa de beber, Dessa água que se queixa Da sede romper. Lhe digo seu doutor, E não lhe peço favor, Quem tudo isso fez, Não perde o rumo outra vez. Escrita em: 06/02/2012

VERDADE

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Oh! Verdade, Triste verdade Que me perdoe, Não posso nisso Por a culpa na Minha pouca idade. Fiz e se fiz , Não posso dizer Que foi sem querer, Na indolência da solidão, Não notei, que a minha Frente hávia um abismo, Que de dentro, Ecoa a voz que chora Fechado dentro de mim. Quão rastro de sede, Ecoa a voz triste e seca. Do amado ser que Um dia disse adeus. Escrita em: 10/10/1977

PÉS DESNUDOS

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Pretos, escuros, lameados, Cansados, não podem parar, Seguem rumo ao mar, Buscam exaustos chegar a algum Lugar, matar a sede dos seus, E sobrar um pouco para os brutos. Pés desnudos do sertanejo que Corre da seca e chega ao Leo. Pés desnudos, nudez da carne e da alma, Grita o alforado descalço, desnudo sobre tudo. Escrita em: 2012

VOU ME EMBORA DA MINHA TERRA

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Vou me embora da minha terra, Não vou para pasárgada, Pois não sou amiga de nenhum rei, Mas digo que irei. Também não fico mais aqui, Nem digo que não mais aqui voltarei. Vou me embora pra outras terras, E esquecer que nessa terra fui gerada. Colocarei na mala todo o meu orgulho de Ser filha da porronca,  mas não quero Saber se aqui o pó ronca, não sou como Dizem farronca,  não digo isso por fanfarrice, Não direi que não voltarei depois,  Farei questão de esquecer Que meus antepassados aqui fincaram chão. Mas quando for esquecido o meu nome e Os meus antigos não tiverem Mais lembrança de mim Aí sim desembarcarei de novo Por essa terra, sorrateira e trarei na Bagagem muita saudade, Mas de nada falarei. Para ser lembrada em outras terras Farei o meu nome e Quando aqui voltar serei homenageada Como forasteira terei meu valor.... Talvez alguém até me diga:  “senta aqui seu doutor” Filho de terra seca não tem valor, Mas quando aq

MULHER CEARENSE

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Nasceu índia e escrava, Mas nas asas da redenção Conheceu primeiro o sabor Da liberdade,  correu solta Pelas matas. Depois veio a prisão, Pouco se fala na força mulher, Muitos negam que Sejam o que na verdade é, Falam que o ceará é a terra da luz, Mas a mulher é força motriz  Que essa terra conduz. A mulher sertaneja, também Tem as mãos calejadas e trás Na barriga o filho que rasga o Vento no mar e vira dragão. Mulher cearense tem nome de flor, Tem raça e gloria, Também foi guerreira na revolução. A mulher que a cada dia pendura No varal o sonho de uma terra Justa, é ela que dos espinhos Trata o mandacaru e o degusta. Mulher brava cearense não pega Só no bacamarte e faz dele o seu rei, Mas saca da bainha o lápis E o transforma em lei. Escrita em: 08/06/2012

O FILHO DO NADA

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O nada gerou o filho que Na barriga gerou a dor que Na inocência faltou a coragem, Que no medo se fez só. E do filho que foi gerado no amor, Foi feito do nada, do nada que o gerou. A morte levou o filho ainda na barriga, Sem defesa, partiu sem saber, Que do nada foi gerado em forma de dor. Feito por um amor indecente, Morto pelo      descaso do inconsciente. O filho daquele, que o gerou, mas não. Quis dá um nome, para não ter vergonha. E o filho não passar fome, na barriga. Ainda a historia se consome. Partiu o filho daquele que do amor o gerou, Sem saber que foi gerado do fruto do pecado, Gerou a dor e o abandono. O filho chegou feita nuvem na barriga, entre briga, Encontros e desencontros, feito fumaça se foi. Entre gritos foi colhido, não foi escolhido, Entre aquele que nasceria perdido no lodo, Feito esgoto, Lançado, em prantos não achou! Acalanto entre prantos dormiu em tumulo de carne, Entre o carmim e o vinho tinto Era a co