MUDANÇA
Quando ainda menina, Jurei mudar e fazer da minha vida Uma estrada longa e de muitas flores, Mas não sei por que não mudei, Ainda ando por caminhos estreitos e de espinhos. Ainda deixo me atirarem pedras e rirem na minha cara. Mas, hoje sou mulher e sinto a maturidade bater a minha porta E me cobrar uma mudança, ouço os meus antepassados Gritarem em meus ouvidos... MUDA! Vejo meus descendentes afirmarem que nunca vou mudar. Mas aquela menina rebelde ainda quer falar mais alto que eu. E hoje faço uma avaliação de tudo que tenho e tudo que sonhei, E as minhas mãos estão vazias. Tudo que ainda me resta é a minha caneta velha onde escrevo, Poesias e a minha vontade de lutar. Vou MUDAR, antes que seja tarde E a única mudança que eu possa fazer seja para um lugar onde não se pode mais MUDAR. Vou rasgar o passado em dois, Partir e jogar no lixo que de mal que vivi. Lavar e guardar na gaveta todo o bem que me fizeram. E rabiscar planos novos